sexta-feira, 24 de junho de 2011

Lopes, trago também um pouco de cultura.



    Com os estudos de Áries descobrimos que a infância passou a ser valorizada, vista como fase importante da vida, a partir da idade média. De acordo com o "pesquisador" até o século XIII a infância era desconhecida pela arte medieval.   Segundo sua tese, entre os séculos XVII e XVIII as crianças eram tratadas como adultos em miniaturas. Mantidas no âmbito familiar, vestidas como homens e mulheres assim que pudessem deixar as faixas de tecidos que eram enroladas no seu corpo quando bebês, sem os devidos cuidados necessários poucos conseguiam sobreviver a essa fase. Apesar do infanticídio ja ser legalmente proibido e punido na época, era uma prática que existia em forma de acidentes.   No século XVIII houve uma grande mudança demográfica onde mostrasse que o indice de fertilidade e mortalidade infantil diminui, para Áries foi um progresso da medicina e da higiene. Surgindo assim um novo sentimento com relação a infância, onde a criança passa a ser o centro das atenções na família tornando-se uma fonte de distração e relaxamento dos adultos e começa a receber afeto e cuidados.  O Estado passou a mostrar um interesse cada vez maior em formar o caráter das crianças, surgindo assim uma série de instituições com o objetivo de separar e isolar a criança do mundo adulto, entre elas, a escola.
Então Lopes, resolvi compartilhar também um breve resumo sobre o trabalho de Áries e a invenção da infância.



domingo, 12 de junho de 2011

Quando deveria ter dito sim


Como se nada importasse, eu disse não. Eu sei que eu me prometi que não me importaria mais com quem não se importa, me proibi de sentir ciúmes. E os ciumentos me entendem, é sempre ruim sentir ciúmes. Mas ainda é pior sentir ciúme de quem não se importa. Por orgulho ou medo eu disse não. Não eu não estou estranha, não estou triste, não estou braba e nem confusa. Confusa e estranha eu não estou mesmo, só decepcionada. Entre ser sincera e agradável, pela primeira vez optei por ser agradável. Sinceridade demais talvez sempre tenha sido meu maior defeito, não que agora eu queria ter qualidades porque sinceramente - mais uma vez vou ser sincera - não me importo com os meus defeitos. Mas me importo muito quando as pessoas resolvem deixar de lado suas qualidades transformando-as em defeitos. Eu sei Lopes, talvez tu não me entendas! Ah, mas ele Lopes, ele entende! Ele sabe que todos aqueles nãos, eram sins! Sabe até porque eu resolvi dizer não. E depois Lopes? Depois de dizer não? Eu peguei o celular e liguei para aquele outro que também sempre teve a minha sinceridade, o outro certamente é aquele que eu chamo carinhosamente de melhor amigo. Sim, o coitado que escuta sempre! O coitado é mágico, antes mesmo de dizer abracadabra faz meu coraçãozinho ficar calmo. Mesmo sendo mágico, assim como tu Lopes, ele não me entende muito bem. Mas Lopes, mesmo ele não me entendendo ele nunca me deixa, nem quando eu peço! Ah Lopes, esse gosta de mim! Já me cuidou após ter feito mal para o estomago misturando bebidas, cuidou também quando fiz mal pro coração misturando pessoas. Não importa qual é o mal, ele sempre cuida! Essa certeza é que tranquiliza meu coraçãozinho, porque eu sei que não importa qual seja o mal, não importa se ele entende, não importa se eu queira contar...ele vai estar ali quando eu precisar. Não sei porque mesmo curando tantos mal que fizeram no meu coração, ele não se tornou meu bem. Continua sendo sempre o melhor amigo, o número que eu vou discar quando estiver triste. Continua sendo a pessoa do outro lado da linha que diz: "- estou te esperando" quando eu digo que preciso dele. E talvez sempre seja o meu melhor amigo, o meu anjo da guarda. O anjo que me guarda quando é necessário. E o outro, o dos nãos quando eu deveria ter dito sim, é um pouco anjo também. Esse é o meu bem. Meu bem é meio idiota, meio burro...mas meu bem me encantou com aquelas qualidades que ele resolveu abandonar agora. Sei que o meu bem tem os motivos dele, meu bem também conhece meus motivos. Mas meu bem, não se importa. Ou talvez meu bem se importe. Então Lopes, eu sinto muita falta do meu bem!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Recomeçar

Para alguns é algo muito trabalhoso, dependendo da situação um tanto doloroso. Mas como tudo na vida depende do ponto de vista individual, recomeçar pode ser prazeroso. Já tive meus momentos em que recomeçar era assustador, desconstruir tudo para construir novamente realmente me assustava muito porque para que isso fosse possível eu tinha que largar certas certezas, mudar alguns hábitos... Por mais que a gente não goste de rotinas, elas nos trazem segurança, mostram que as coisas estão "normais". Às vezes recomeçar significa apenas ter que desapegar de uma pessoa que no momento é extremamente essencial na nossa vida, mas por alguma razão ela não pode mais permanecer no nosso dia a dia. Esse recomeço sim dá medo, tem pessoas que se tornam nosso chão, nosso porto seguro e um dia precisam ir embora nos deixando com uma incógnita imensa, com a responsabilidade de guiar nossa vida sozinhos e levam um pedaço da gente. Assim como levam, deixam um pouco... Tem tanta gente indo, mesmo querendo ficar. Tanta gente ficando, com vontade de ir. Tem também os que ficam mesmo a gente pensando que já se foram. E adicionando o pouquinho que cada um deixa, subtraindo o pouquinho que levam resulta o que somos hoje. As vezes é nós que temos que partir da vida de alguém, para o nosso ou até mesmo bem do próximo. Sempre considerei mais fácil ver alguém indo embora da minha vida, do que partir da vida de alguém desconstruindo as minhas próprias certezas, andando em um terreno desconhecido com o risco de cair a qualquer momento. Mas a vida as vezes não nos permite ficar.
Então, respiro e sigo em frente levando o que foi bom sem esquecer o motivo da minha partida. O que a gente não percebe é que todo dia está recomeçando, abrindo caminhos novos, desconstruindo certezas e criando novas chances para que tudo seja diferente, ainda que a rotina seja a mesma. Espero que com a ajuda de todas as pessoas que já foram e estão por vir, eu consiga deixar de ser o que sou e me torne aquilo que eu quero ser.