sábado, 1 de outubro de 2011

Vai em paz



É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.
Cedo demais!


Os bons morrem jovens - Legião Urbana

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Embora nunca tenha existido nós, cansei de nós.

Todo mundo um dia cansa, e o meu dia finalmente ou infelizmente chegou. Cansei da frieza, dessa falta de sonhos que ele aparenta ter, da desilusão pela vida. As vezes me pergunto se o meu papel aqui não é o de mostrar que o amor ainda existe, de uma forma leve, bonita e agradável. Então, me sinto fracassando! Por mais carinho que eu tenha, não consigo transmitir, todas as portas e janelas foram fechadas para o meu amor e insistir seria loucura. Loucura maior é não conseguir desistir, nem por um segundo. E se eu desistisse Lopes? Como eu viveria o resto dos dias pensando que fracassei, que talvez só eu pudesse ter feito isso por ele? Pessoas amáveis são amadas com facilidade e apesar dele ser amável e amado, acredito que a missão seja minha. Sou humana, e como qualquer outro ser humano tenho minhas fragilidades e defeitos. E ele me tornou mais frágil, mais sensivel e embora nunca tenha existido nós, cansei de nós. O cansaço pode ser grande, a missão dolorosa e parecer impossível, mas eu continuarei aqui por ele, por nós. Acredito que não exista nada maior que o amor e que quando ele realmente existe, nada é impossível.
Então Lopes, não há cansaço no mundo que me faça desistir dele, de nós.

sábado, 2 de julho de 2011

Coração em erupção.


Os vulcões entram em erupção "devido às atividades endógenas (ou seja, do interior da Terra), que são processos e eventos que permitem e provocam a ascensão de material magmático (lavas, gazes e cinzas) do interior da Terra à superfície, numa liberação espetacular do calor interno acumulado através do tempo". Com o meu coração não é nada diferente, vez em quando entra em erupção. Alguns acontecimentos provocam a ascensão e verdades, dúvidas e mentiras surgem  à superfície numa liberação espetacular de pensamentos acumulados através do tempo. Surge então aquela lava que causa destruição por onde passa. A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. A erupção do meu coração também causa alguns desastres, mas está longe de trazer consequências para o planeta, só desestabiliza o meu mundo.( O fantástico mundo de Francini. É Lopes, meio lúdico sim e daí? Minha amiga Pathy que denominou meu mundinho dessa forma. E quer saber? Ele é fantástico sim!) Quando ele entra em erupção para desestabilizar, na verdade só esta procurando um pouquinho de estabilidade, segurança. É loucura, eu sei. É muita loucura querer estabilidade quando até o mundo que a gente vive se movimenta. Mas eu quero Lopes, quero a segurança de um abraço. Pode ser aquele abraço de felicidade, de cumplicidade ou então aquele que só serve pra mostrar que tudo vai ficar bem. Um abraço forte e sincero diz muito mais que todas as palavras existentes em um dicionário. E o meu coração entrou em erupção hoje, causou o maior desastre por causa de um abraço. E então Lopes, COMO FAZ?

P.S: Esse "como faz" é uma simples homenagem a um grande amigo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Lopes, trago também um pouco de cultura.



    Com os estudos de Áries descobrimos que a infância passou a ser valorizada, vista como fase importante da vida, a partir da idade média. De acordo com o "pesquisador" até o século XIII a infância era desconhecida pela arte medieval.   Segundo sua tese, entre os séculos XVII e XVIII as crianças eram tratadas como adultos em miniaturas. Mantidas no âmbito familiar, vestidas como homens e mulheres assim que pudessem deixar as faixas de tecidos que eram enroladas no seu corpo quando bebês, sem os devidos cuidados necessários poucos conseguiam sobreviver a essa fase. Apesar do infanticídio ja ser legalmente proibido e punido na época, era uma prática que existia em forma de acidentes.   No século XVIII houve uma grande mudança demográfica onde mostrasse que o indice de fertilidade e mortalidade infantil diminui, para Áries foi um progresso da medicina e da higiene. Surgindo assim um novo sentimento com relação a infância, onde a criança passa a ser o centro das atenções na família tornando-se uma fonte de distração e relaxamento dos adultos e começa a receber afeto e cuidados.  O Estado passou a mostrar um interesse cada vez maior em formar o caráter das crianças, surgindo assim uma série de instituições com o objetivo de separar e isolar a criança do mundo adulto, entre elas, a escola.
Então Lopes, resolvi compartilhar também um breve resumo sobre o trabalho de Áries e a invenção da infância.



domingo, 12 de junho de 2011

Quando deveria ter dito sim


Como se nada importasse, eu disse não. Eu sei que eu me prometi que não me importaria mais com quem não se importa, me proibi de sentir ciúmes. E os ciumentos me entendem, é sempre ruim sentir ciúmes. Mas ainda é pior sentir ciúme de quem não se importa. Por orgulho ou medo eu disse não. Não eu não estou estranha, não estou triste, não estou braba e nem confusa. Confusa e estranha eu não estou mesmo, só decepcionada. Entre ser sincera e agradável, pela primeira vez optei por ser agradável. Sinceridade demais talvez sempre tenha sido meu maior defeito, não que agora eu queria ter qualidades porque sinceramente - mais uma vez vou ser sincera - não me importo com os meus defeitos. Mas me importo muito quando as pessoas resolvem deixar de lado suas qualidades transformando-as em defeitos. Eu sei Lopes, talvez tu não me entendas! Ah, mas ele Lopes, ele entende! Ele sabe que todos aqueles nãos, eram sins! Sabe até porque eu resolvi dizer não. E depois Lopes? Depois de dizer não? Eu peguei o celular e liguei para aquele outro que também sempre teve a minha sinceridade, o outro certamente é aquele que eu chamo carinhosamente de melhor amigo. Sim, o coitado que escuta sempre! O coitado é mágico, antes mesmo de dizer abracadabra faz meu coraçãozinho ficar calmo. Mesmo sendo mágico, assim como tu Lopes, ele não me entende muito bem. Mas Lopes, mesmo ele não me entendendo ele nunca me deixa, nem quando eu peço! Ah Lopes, esse gosta de mim! Já me cuidou após ter feito mal para o estomago misturando bebidas, cuidou também quando fiz mal pro coração misturando pessoas. Não importa qual é o mal, ele sempre cuida! Essa certeza é que tranquiliza meu coraçãozinho, porque eu sei que não importa qual seja o mal, não importa se ele entende, não importa se eu queira contar...ele vai estar ali quando eu precisar. Não sei porque mesmo curando tantos mal que fizeram no meu coração, ele não se tornou meu bem. Continua sendo sempre o melhor amigo, o número que eu vou discar quando estiver triste. Continua sendo a pessoa do outro lado da linha que diz: "- estou te esperando" quando eu digo que preciso dele. E talvez sempre seja o meu melhor amigo, o meu anjo da guarda. O anjo que me guarda quando é necessário. E o outro, o dos nãos quando eu deveria ter dito sim, é um pouco anjo também. Esse é o meu bem. Meu bem é meio idiota, meio burro...mas meu bem me encantou com aquelas qualidades que ele resolveu abandonar agora. Sei que o meu bem tem os motivos dele, meu bem também conhece meus motivos. Mas meu bem, não se importa. Ou talvez meu bem se importe. Então Lopes, eu sinto muita falta do meu bem!