domingo, 12 de junho de 2011

Quando deveria ter dito sim


Como se nada importasse, eu disse não. Eu sei que eu me prometi que não me importaria mais com quem não se importa, me proibi de sentir ciúmes. E os ciumentos me entendem, é sempre ruim sentir ciúmes. Mas ainda é pior sentir ciúme de quem não se importa. Por orgulho ou medo eu disse não. Não eu não estou estranha, não estou triste, não estou braba e nem confusa. Confusa e estranha eu não estou mesmo, só decepcionada. Entre ser sincera e agradável, pela primeira vez optei por ser agradável. Sinceridade demais talvez sempre tenha sido meu maior defeito, não que agora eu queria ter qualidades porque sinceramente - mais uma vez vou ser sincera - não me importo com os meus defeitos. Mas me importo muito quando as pessoas resolvem deixar de lado suas qualidades transformando-as em defeitos. Eu sei Lopes, talvez tu não me entendas! Ah, mas ele Lopes, ele entende! Ele sabe que todos aqueles nãos, eram sins! Sabe até porque eu resolvi dizer não. E depois Lopes? Depois de dizer não? Eu peguei o celular e liguei para aquele outro que também sempre teve a minha sinceridade, o outro certamente é aquele que eu chamo carinhosamente de melhor amigo. Sim, o coitado que escuta sempre! O coitado é mágico, antes mesmo de dizer abracadabra faz meu coraçãozinho ficar calmo. Mesmo sendo mágico, assim como tu Lopes, ele não me entende muito bem. Mas Lopes, mesmo ele não me entendendo ele nunca me deixa, nem quando eu peço! Ah Lopes, esse gosta de mim! Já me cuidou após ter feito mal para o estomago misturando bebidas, cuidou também quando fiz mal pro coração misturando pessoas. Não importa qual é o mal, ele sempre cuida! Essa certeza é que tranquiliza meu coraçãozinho, porque eu sei que não importa qual seja o mal, não importa se ele entende, não importa se eu queira contar...ele vai estar ali quando eu precisar. Não sei porque mesmo curando tantos mal que fizeram no meu coração, ele não se tornou meu bem. Continua sendo sempre o melhor amigo, o número que eu vou discar quando estiver triste. Continua sendo a pessoa do outro lado da linha que diz: "- estou te esperando" quando eu digo que preciso dele. E talvez sempre seja o meu melhor amigo, o meu anjo da guarda. O anjo que me guarda quando é necessário. E o outro, o dos nãos quando eu deveria ter dito sim, é um pouco anjo também. Esse é o meu bem. Meu bem é meio idiota, meio burro...mas meu bem me encantou com aquelas qualidades que ele resolveu abandonar agora. Sei que o meu bem tem os motivos dele, meu bem também conhece meus motivos. Mas meu bem, não se importa. Ou talvez meu bem se importe. Então Lopes, eu sinto muita falta do meu bem!

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